A minha descoberta dos sistemas aquapónicos para a produção de alimentos de superior qualidade, remonta há aproximadamente 365 dias, intensos de: investigação, design, concretização e experimentação. Tratam-se de objectos fervilhando de vida, quer aquática, quer vegetal, quer bacteriana.
Os melhores peixes para utilizar nestes sistemas artesanais são as Carpas Koi e os Cometas. A sua resistência torna-os ideais para o nosso clima.
Para uma produção de peixe destinada à alimentação, o nível a que estas questões se colocam ultrapassa o amadorismo.
Para a formação das bactérias que transformam a amónia em nitratos absorvidos pelas plantas, a oxigenação e movimento da água são fundamentais. O sifão é um dos elementos que regula o movimento, criando ciclos de cheio/vazio. Planta-se na "maré cheia".
A pouca informação disponível no nosso país ( e valha-nos a Net com todas as suas "imprecisões"! ), levou-me a cometer dois erros que comprometem a eficácia do sistema. O primeiro relaciona-se com a altura do recipiente da argila expandida, esta não pode ser inferior a 30 centímetros, uma vez que o sistema ao fim de poucos meses fica doente. Este não consegue produzir um tipo de bactéria que necessita de profundidade para se desenvolver.
O segundo erro prende-se com a capacidade de água do tanque dos peixes, quanto menor mais difícil é controlar o equilibrio e temperatura do sistema. O ideal será, nunca menos de 500 litros de água o que equivale a aproximadamente 1,5 metros quadrados de área de cultivo.
Um dos muitos argumentos que me levou a realizar estas experiências é o facto de estes sistemas pouparem perto de 80% de água na produção dos alimentos em relação aos métodos convencionais da agricultura.
As minhocas são a arma secreta, com elas se fecha o círculo de elementos vivos presentes.
Trezentos e sessenta e cinco dias que me levam a dizer que este pode ser um dos caminhos a seguir, limpo, sem produtos químicos, sem problemas como o da rotação das culturas e com uma rentabilidade por metro quadrado surpreendente. Cheira bem, cheira a Mar.
boa tarde,
ResponderEliminarestou a pensar também implementar um sistema de aquaponia e ajudou em algumas coisas que não sabia, se poder facultar mais informação agradecia-lhe visto que nem livros existem sobre este metedo de cultura.
cumprimentos samuel
Olá...
ResponderEliminarsou estudante de agronomia na Universidade de Caxias do Sul(UCS).
Estou fazendo um projeto na disciplina de Projetos Agricolas e acabei de descobrir a aquaponia.
Muito boas as suas dicas.
Se tiver algum material adicional e puder compartilhar(crismoschen@hotmail.com) comigo ficaria muito agradecida, pois enriqueceria minhas pesquisas para o trabalho da disciplina.
Cristina Moschen
Olá Samuel e Cristina,
ResponderEliminarobrigado pelo interesse!
Os estudos e experiências que considero relevantes nesta área estão partilhados neste blogue. Posso dizer que o caminho tem sido recheado de sucessos e fracassos mas o sistema está vivo e funcional.
Como a actividade destes sistemas depende da temperatura, neste momento a produtividade é baixa pois está frio em Portugal. Deixo um conselho: foquem sempre a vossa atenção nos peixes e na saúde dos mesmos a qual depende de muitos factores.
Os avanços são lentos,a informação é escassa, sendo necessário monitorizar sempre o sistema para manter o equilíbrio entre os diferentes elementos.
É fascinante reflectir sobre as várias disciplinas intervenientes neste processo e muito gratificante!
Cumprimentos
António
Olá bom dia,
ResponderEliminarparabéns pela filosofia de vida a economizar água, partilho desta idéia e gostaria de saber como que a minhoca contribui para o processo.
obrigado.
keeslew.
A palavra minhocas conduz ao vídeo que me serviu de referência. Ai encontra-se a resposta à pergunta que me foi feita.
EliminarCumprimentos
Sérgio António